quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

PERDÃO E PURIFICAÇÃO

Que a graça e a paz de Jesus esteja se fazendo presente em nossas vidas, há meses que não passo por aqui para deixar uma reflexão sobre o louvor e a adoração a Deus, mas esses dias lendo uma matéria da revista Ultimato Janeiro/Fevereiro 2012 pag 28. Achei por bem compartilhar com vocês essa verdade. O texto fala de musicas que eram escritas por autores do século 19, e essas canções falavam-se muito em perdão e purificação, eram os hinos que se cantavam nas igrejas, façamos uma pergunta, para onde foram essas canções? O que fizeram delas e desses temas, nas canções de nossas igrejas. O texto da revista traz o seguinte assunto:
Vários hinos, quase todos composto no final do século 19 e cantados por muitos anos nas igrejas evangélicas brasileiras, fazem alusão à culpa e à mancha e imploram, por causa delas, perdão e purificação. Entre aqueles que enfrentam o problema da mancha, destaca-se as seguintes estrofes:
Vem me lavar dos vis pecados meus
Conforme prometeste, meu bom Deus.
Faze-me arder e consumir de amor,
Pois quero te magnificar.

A minha alma purifica
Em teu sangue remidor;
Faze que leal e humilde,
Eu te sirva meu Senhor.

Minha mancha tão impura
Tu bem podes retirar;
E deixar em ti segura
A minha alma descansar.

A minha alma está manchada
De pecado e corrupção
Pois em mim não há justiça
Santidade ou retidão

Sim pecado, a suplicar perdão,
Embora não mereça o teu favor;
Mas dá-me, peço, a purificação!
Tem compaixão de mim, sou pecador.

A mim tu podes perdoar,
De toda mancha me lavar;
Vem dá-me um novo coração,
Ó Deus de amor e compaixão.

Mas o sangue precioso
Que na cruz o Redentor
Derramou, tão generoso,
Teu poder expiador:
Purifica, purifica
O mais ímpio pecador.

Outro hino que clama por purificação acaba de ser traduzido e musicado por João Eilson Faustini. A letra original e de Sinésio de Cirene (c. 430 d.C). a primeira estrofe diz:

De mim te lembres, Senhor
Vem me purificar
Das vis paixões ao meu redor
Minha alma vem lavar.

Além das declarações melancólicas (e saudáveis( das manchas deixadas pelo pecado, alguns hinos proclamam a certeza de que “o sangue de Jesus nos purifica de todo pecado” (1Jo. 1.7).
7 Se, porém, andamos na luz, como ele está na luz, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado. Talvez o mais veemente seja “Alvo mais que a neve”.

Seja bendito o Cordeiro
Que na cruz por nós padeceu;
Seja bendito o seu sangue
Que por nós, pecadores, verteu.
Eis que no sangue lavados,
E tendo puro o coração,
Os pecadores remidos
Por Jesus têm com Deus comunhão.
Alvo mais que a neve,
Alvo mais que a neve!
Sim, nesse sangue lavado,
Mais alvo que a neve eu estou

Quão espinhosa coroa
Que Jesus por nós suportou!
Oh! Quão profundas as chagas
Que nos provam o quanto ele amou!
Eis nessas chagas pureza
Para o maior pecador,
A quem mais alvo que a neve
O teu sangue transforma, Senhor.

Se as faltas nós confessarmos
E seguirmos na tua luz,
Tu não somente perdoas;
Purificas também, ó Jesus!
Lavas de todo pecado,
Que maravilha de amor!
Pois que mais alvo que a neve
O teu sangue nos torna, Senhor.

A nova hinologia é mais triunfante do que confessante e suplicante. Os cânticos de hoje focalizam pouco a culpa e a mancha e, como consequência, não se pede perdão e purificação como outrora. Uma das exceções é o cântico “Purificação” de Rubem Amorese. Em um trecho pede-se tanto o perdão como a purificação.

Chego a tua casa sem saber
Se has de aceitar meu bem-querer,
Pois, de conflitos e pecados,
Meu cantar macularia teu altar.

Ai, meu Senhor!
Faze meu louvor
Purificar-se em teu altar,
Em teu altar.
Separa a dor da acusação,
Liberta-me com teu perdão,
Com teu poerdão;
Liberta a minha adoração,
Adoração.

Fonte: novo Cântico e Cantos da Fé Cristã

Ao pesquisar sobre esse tema culpa e mancha não teve sucesso na busca, em encontrar alguma música de nosso tempo falando sobre esses temas. Encontrei sim dos hinários, mas da musica no século 21 gostaria de conhecer.

Que Deus nos ajude a compor canções que confessem os nossos pecados e peça ao Senhor que nos perdoe e nos tire toda mancha.

Fonte deste texto: Revista Ultimato Janeiro/Fevereiro 2012

Abaixo uma canção do Novo Cântico nº 72 “Purificação”







Josias Sillva.
Javé Nissi.

sábado, 14 de janeiro de 2012

O Fruto do Espírito



Romanos 12:1-21; 1 Coríntios 12:1-14:40; Gálatas 5:19-26; Efésios 4:1-6:20

O fruto do Espírito Santo é um dos aspectos mais negligenciados do ensino bíblico sobre santificação. Há várias razões para isso:

1. A preocupação com as coisas exteriores. Embora os estudantes muitas vezes murmurem e reclamem quando têm de fazer uma prova na escola, há um sentido em que, realmente queremos fazer as provas. Sempre encontramos nas revistas modelos de testes que medem habilidades, realizações ou conhecimentos. As pessoas gostam de saber em que nível está. Será que consegui alcançar a excelência numa certa área, ou estou afundando na mediocridade? Os cristãos não são diferentes. Tendemos a medir nosso progresso na santificação examinando nosso desempenho de acordo com padrões externos. Proferimos maldições e palavrões? Bebemos muito? Vamos muito ao cinema? Esses padrões são frequentemente usados para medir a espiritualidade. O verdadeiro teste — a evidência do fruto do Espírito Santo — geralmente é ignorado ou minimizado. Foi nessa armadilha que os fariseus caíram. Nós nos afastamos do verdadeiro teste porque o fruto do Espírito é difícil demais. Exige muito mais do caráter pessoal do que os padrões exteriores superficiais. É muito mais fácil evitar falar um palavrão do que adquirir o hábito de ter uma paciência piedosa.

2. A preocupação com os dons. O mesmo Espírito Santo que nos guia na santidade e produz fruto em nós também distribui os dons espirituais aos crentes. Parecemos muito mais interessados nos dons do Espírito do que no fruto, a despeito do ensino claro da Bíblia de que alguém pode possuir dons e ser imaturo no progresso espiritual. A carta de Paulo aos Coríntios deixa isso muito claro.

3. O problema dos descrentes justos. É frustrante medirmos nosso progresso na santificação pelo fruto do Espírito Santo porque as virtudes relacionadas às vezes são exibidas num nível maior por descrentes. Todos nós conhecemos pessoas não-cristãs que demonstram mais bondade ou mansidão do que muitos cristãos. Se as pessoas podem ter o “fruto do Espírito” independentemente do Espírito, como podemos determinar nosso crescimento espiritual desta maneira? Há uma diferença qualitativa entre as virtudes de amor, alegria, paz, longanimidade, etc., engendradas em nós pelo Espírito Santo e aquelas exibidas pelos descrentes. Os não crentes operam por motivos que, em última análise, são egoístas. Quando, porém, um crente exibe o fruto do Espírito, ele está mostrando características que, em última análise, são voltadas para Deus e para o próximo. Ser cheio do Espírito Santo significa ter uma vida controlada pelo Espírito; os não-crentes só podem exibir essas virtudes espirituais no nível da capacidade humana.

Paulo faz uma lista das virtudes do fruto do Espírito em sua carta aos Gálatas: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio” (Gálatas 5:22,23). Essas virtudes caracterizam a vida cristã. Se somos cheios do Espírito, vamos exibir o fruto do Espírito. Isso, porém, obviamente envolve tempo. Não são ajustes superficiais do caráter que ocorrem da noite para o dia.

Tais mudanças envolvem uma reformulação das disposições mais íntimas do coração, o que representa um processo de longa vida de santificação pelo Espírito.

Sumário
1. Tendemos a negligenciar o estudo do fruto do Espírito Santo porque: (1) nos preocupamos mais com aspectos exteriores; (2) nos preocupamos mais com os dons espirituais e (3) reconhecemos que muitas pessoas incrédulas exibem as virtudes espirituais melhor do que os cristãos.
2. É mais fácil medir a espiritualidade por fatores exteriores do que pelo fruto do  espírito.
3. Podemos ter os dons espirituais e mesmo assim ser imaturos.
4. Existe uma diferença qualitativa entre a presença das virtudes espirituais nos incrédulos e nos crentes. Nos incrédulos, a virtude demonstra um mero esforço humano. Nos cristãos, as virtudes espirituais representam o Deus Espírito Santo produzindo um fruto espiritual numa medida além da capacidade humana.


Autor: R. C. Sproul
Fonte: 3º Caderno Verdades Essenciais da Fé Cristã – R.C.Sproul. Editora Cultura Cristã