quinta-feira, 8 de novembro de 2012

O Valor de Aprender História

John Piper

John Piper é um dos ministros e autores cristãos mais proeminentes e atuantes dos dias atuais, atingindo com suas publicações e mensagens milhões de pessoas em todo o mundo. Ele exerce seu ministério pastoral na Bethlehem Baptist Church, em Minneapolis, MN, nos EUA desde 1980.
 
Uma Lição a partir de Judas

A pequena carta de Judas nos ensina algo sobre o valor de aprender história. Este não é o ponto principal da carta, mas é um fato impressionante.
Neste penúltimo livro da Bíblia, Judas escreve para encorajar os santos a "batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos" (versículo 3). A carta é um chamado à vigilância em vista de "certos indivíduos [que] se introduziram com dissimulação... homens ímpios, que transformam em libertinagem a graça de nosso Deus e negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo" (versículo 4). Judas descreve essas pessoas em termos vívidos. Eles "dizem mal do que não sabem" (versículo 10); são "murmuradores, são descontentes, andando segundo as suas paixões. A sua boca vive propalando grandes arrogâncias; são aduladores dos outros, por motivos interesseiros" (versículo 16). Eles "promovem divisões, [e são] sensuais, que não têm o Espírito" (versículo 19).Esta é uma avaliação devastadora de pessoas que não estão fora da igreja, mas que "se introduziram com dissimulação." Judas quer que eles sejam reconhecidos pelo que são, de forma que a igreja não seja enganada e arruinada pelos seus falsos ensinos e comportamentos imorais. Uma de suas estratégias é compará-los a outras pessoas e eventos na história. Por exemplo, ele diz que "Sodoma e Gomorra... havendo-se entregado à prostituição como aqueles, seguindo após outra carne, são postas para exemplo do fogo eterno, sofrendo punição" (versículo 7). Assim, Judas compara aquelas pessoas com Sodoma e Gomorra. Seu ponto ao fazer isto é dizer que Sodoma e Gomorra são postas como "um exemplo" do que acontece quando as pessoas vivem como estes intrusos estavam vivendo. Assim, na mente de Judas, conhecer a história de Sodoma e Gomorra é muito útil para ajudar a detectar tal erro e desviá-lo dos santos.
Similarmente, no versículo 11, Judas acumula três outras referências a eventos históricos, como comparações com o que está acontecendo em seus dias entre os cristãos. Ele diz: "Ai deles! Porque prosseguiram pelo caminho de Caim, e, movidos de ganância, se precipitaram no erro de Balaão, e pereceram na revolta de Corá". Isso é impressionante! Por que se referir a três incidentes históricos diferentes como estes, que aconteceram milhares de anos atrás - Gênesis 19 (Sodoma), Gênesis 3 (Caim), Números 22-24 (Balaão), Números 16 (Corá)? Qual é o ponto?

Aqui estão três pontos:
1) Judas assume que os leitores conhecem estas histórias! Isto não é incrível? Era o século primeiro depois de Cristo! Não havia nenhum livro nas casas das pessoas! Nenhuma Bíblia disponível! Nenhuma história em CD! &Apenas instrução oral! E ele assume que eles conheceriam tais histórias: Qual é "o caminho de Caim," "o erro de Balaão" e "a rebelião de Corá?" Você sabe? Isto não é surpreendente? Ele espera que eles conheçam! Isso me faz pensar que os nossos padrões de conhecimento da Bíblia na igreja de hoje são muito baixos.
2) Judas assume que conhecer a história iluminará a situação presente. Os cristãos tratarão com o erro mais eficazmente hoje se eles conhecerem situações similares de antigamente. Em outras palavras, a história é valiosa para o viver cristão. Saber que Caim era invejoso e que além de odiar seu irmão, também se ofendeu com sua comunhão verdadeira com Deus, te alertará para vigiar contra tais coisas mesmo entre irmãos. Saber que Balaão caiu e fez da Palavra de Deus um meio de ganho mundano, te tornará mais capaz de identificar este tipo de coisa. Saber que Corá desprezou a autoridade legítima e ressentiu-se com a liderança de Moisés, te protegerá de gente facciosa que não gosta de ninguém sendo visto como seu líder.
3) Não é claro, então, que Deus ordenou que estes eventos acontecessem e que fossem registrados como história, para que aprendêssemos a partir deles e nos tornássemos mais sábios e perspicazes sobre o presente, por causa de Cristo e de sua igreja? Nunca pare de aprender a partir da história! Adquira algum conhecimento todo dia. Demos aos nossos filhos uma das melhores proteções contra a tolice do futuro, a saber, um conhecimento do passado.
Aprendendo com você, por Cristo e o seu reino,
Pastor John

Fonte: Desiring God
O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto, desde que não altere seu formato, conteúdo e / ou tradução e que informe os créditos tanto de autoria, como de tradução e copyright. Em caso de dúvidas, faça contato com a Editora Fiel.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012



A VITÓRIA SOBRE O MUNDO 1 Jo. 5.4
Introdução;
*_Temos visto que satanás, nosso inimigo, já foi derrotado. (Cl.2.14,15)
*_Temos aprendido sobre as armaduras que o Senhor nos providenciou e a maneira como devemos usá-las (Ef. 6. 10-20).
*_temos tratado do entendimento básico, mental, físico e espiritual, que necessitamos antes de ir a uma guerra.
Como crentes em Cristo, estamos em guerra constante e como qualquer, esta tem os seus momentos tenebrosos, tempos em que nos sentimos completamente rodeados pelo mal, separados de nossa base de operação.
É uma guerra prolongada, uma guerra no qual passamos toda uma vida lutando dentro do território do inimigo. Necessitamos saber que, mesmo que as noites sejam escuras e as provas difíceis, ainda sim podemos viver vitoriosos sobre o mundo. Resgatando vidas do inferno pelo poder do sangue de Jesus Cristo.
Todavia para que a vitória permaneça em nossas mãos, é preciso iniciar essa grande batalha (no campo de concentração do inimigo) Compromissados com Deus e a igreja. A vitória é certa, quando os soldados estão debaixo da cobertura do seu GENERAL que é CRISTO JESUS. E nesta batalha precisamos entender três coisas

1° A MISSÃO DOS CRENTES. Mc 16.15
Em Jo. 17. Um pouco antes de Jesus ir ao jardim, onde havia de ser traído e preso. Ele orou por seus discípulos. Esta oração é conhecida como a intercessão de Jesus. Nesta ocasião ele entregou os seus discípulos nas mãos de Deus, em certo sentido, esse foi o momento que Jesus passou a toalha para que continuássemos a obra do ministerial que ele havia começado v,18. O Senhor os enviou ao mundo com um propósito de que pregassem a Palavra de Deus. A missão de todas as pessoas que tem Cristo (sem Exceção), como seu Senhor e Salvador da vida. É ser uma tocha viva para alumiar as vidas que vivem nas trevas. 1° segredo para o crente vencer o mundo.

2° A VITÓRIA ATRAVÉS DA FÉ 1 Jo. 5.4,5
OBEDECEMOS A Deus por que o amamos. E como ele nos ama, nossa obediência nos leva a que é bom para nós. O amor de Deus nos permite participar da vitória de Cristo sobre o mundo. João responde nos termos mais claros possíveis: “Quem é que vence o mundo senão aquele que crê que Jesus Cristo é o filho de Deus? se nós cremos que através de Jesus vencemos o mundo. Então já somos mais que vencedores. A vitória na guerra espiritual é nossa através da fé em Cristo Jesus. assim como Deus nos ama, ele quer que amemos os perdidos, e não só amemos, mas, lutemos contra satanás para resgatarmos os perdidos de suas garras. E assim ampliaremos o reino de Deus. Basta a igreja do Senhor assumir o compromisso a missão que o Senhor colocou em nossas mãos. 

3° A VITÓRIA ATRAVÉS DE CRISTO 1Co. 15. 55-57
Na conversa que Cristo teve com os seus discípulos na ultima ceia, ele os advertiu das dificuldades que viriam. Cristo disse que no mundo teríamos aflição, mas, deveríamos ter bom animo Jo.16.33. Mesmo que indubitavelmente sofrêssemos por causa da oposição do mundo, não teria porque estarmos tristes, com medo, desanimados. Jesus nos assegurou que a vitória será nossa no conflito final com o mundo. Nossa vitória vem diretamente da vitória de Cristo. E não de nossa capacidade de nossos esforços. Portanto se confiarmos em Cristo Jesus, não há nenhum risco de fracassarmos em nossa proposta de vencer o mundo. Nossa vitória é segura em Cristo porque ele já venceu. Jo. 16.33

Conclusão: Podemos estar dentro do território do inimigo não sermos vencido. Podemos viver vitoriosos no mundo perverso e hostil. Quando resistimos à posição do mundo e obtemos a vitória sobre ele, Jesus cristo nos dá também a capacidade para sermos vencedores triunfantes.
A nossa obrigação é lançarmos mão da vitória que Cristo já conquistou por nós, estamos em guerra, você gostaria que o seu inimigo o tratasse bem?

Pergunta!  Você quer fazer parte desta igreja, como objetivos de conceder vitórias as famílias oprimidas pelo inimigo, ganhando-as para o Senhor Jesus?
Então essa é a postura de o crente triunfante.

Que Deus continue nos abençoando.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

O Corpo e Seus Membros

O corpo não é feito de um só membro, mas de muitos. Se o pé disser: “Porque não sou mão, não pertenço ao corpo”, nem por isso deixa de fazer parte do corpo. E se o ouvido disser: “Porque não sou olho, não pertenço ao corpo”, nem por isso deixa de fazer parte do corpo. Se todo o corpo fosse olho, onde estaria a audição? Se todo o corpo fosse ouvido, onde estaria o olfato? De fato, Deus dispôs cada um dos membros no corpo, segundo a sua vontade. Se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo? Assim, há muitos membros, mas um só corpo. (1 Coríntios 12.14-20)
O plano de Deus é que deveria existir uma dependência mútua entre os crentes; contudo a Bíblia ensina isso primariamente em relação ao ministério público, e não à fé do indivíduo. Diz-se frequentemente, de uma forma ou de outra, que um cristão que está desvinculado de uma comunidade está fadado ao fracasso, mas esse ensino é mais autobiográfico do que bíblico, e é manipulador ao invés de encorajador. Ele é difundido por pessoas fracas ou por líderes que preferem ameaçar pessoas em vez de aprimorar seus próprios ministérios. Ao enfatizarem fé e adoração coletivas, ainda que sua intenção seja supostamente de fortalecer a igreja e seus membros, na verdade seu erro tem sido um fator importante para se perpetuar nos crentes a falta de vigor e compromisso.
O problema é que a sua doutrina equivale a uma negação da plenitude e suficiência de Cristo. Jesus Cristo é suficiente para sustentar e nutrir cada crente em particular totalmente à parte de qualquer outro crente. Há somente um Pai e um mediador entre Deus e o homem, Jesus Cristo. A igreja não é nossa mãe e nosso sacerdote. Antes, cada cristão é um sacerdote divinamente ordenado para a sua posição com plenos direitos de aproximar-se do trono dos céus e receber e administrar tudo o que Deus tem a oferecer por meio de Jesus Cristo. O cristão pode receber tudo de Cristo por meio da fé e pelo contato direto com Deus, sem a assistência da igreja e muito menos a sua permissão. Qualquer doutrina diferente disso é um ataque à suficiência e mediação de Cristo e deve ser considerada heresia.
O foco aqui é o princípio, e não que uma fé isolada é sempre preferível ou que a pessoa deveria deliberadamente buscar esse tipo de fé. E quando a preocupação tem a ver com o princípio, devemos insistir que a doutrina popular que faz da comunidade uma questão de necessidade é uma doutrina que não vem da revelação de Deus, mas da incredulidade e de suposições pessimistas sobre o potencial de um indivíduo perante Cristo. Quando se assume que comunidade é algo necessário para o florescimento ou mesmo para a sobrevivência da fé do indivíduo, encorajar a fé coletiva se torna a mesma coisa que encorajar a fraqueza pessoal. Isso é também um desserviço à comunidade, porque em vez de se reunir por amor, um bando de covardes se reúne agora por necessidade de se deixar arrastar pelos outros.
Jeremias era extremamente solitário, e Paulo teve às vezes de encarar as maiores provações sozinho, mas Jesus Cristo estava com eles e era suficiente para eles. Você diz: “Mas eu não sou Jeremias ou Paulo”. Certo, e enquanto continuar pensando dessa forma você nunca será qualquer coisa parecida com eles. Você não é Jeremias ou Paulo, mas confia no mesmo Jesus Cristo, que é o mesmo ontem, hoje e sempre, e assim não existe nenhuma diferença. Logo, jamais devemos sacrificar a suficiência de Cristo para preservar a importância da comunhão na igreja. E se você não pode passar o dia sem depender de outro homem para sustentá-lo, ao menos não infecte os outros com a sua incredulidade e fraqueza. Assim também, pregadores que negam a suficiência de Cristo para o indivíduo a fim de preservar a importância da comunidade deveriam ser repelidos. A igreja é de fato plano de Deus, mas não para o propósito de sobrevivência espiritual do indivíduo. Jesus Cristo é suficiente ― mais que suficiente ― para cada pessoa à parte da comunidade. Isso é inegociável.
Quando se trata do contexto público, como em uma reunião de igreja ou tarefas cotidianas da comunidade, o plano de Deus é de fato a dependência mútua, e nenhuma pessoa pode representar todo o corpo ou realizar todas as suas funções. Antes, cada pessoa é posta em seu próprio lugar de acordo com a vontade de Deus. Como escreve Paulo, “De fato, Deus dispôs cada um dos membros no corpo, segundo a sua vontade”. Não se espera que façamos todos as mesmas coisas ou foquemos igualmente as mesmas coisas. Eventualmente um evangelista poderia enfatizar tanto a primazia do evangelismo que leva todas as outras pessoas se sentirem culpadas por não fazerem tanto quanto ele. Mas ele não está alimentando nenhum órfão. Então aquele que não faz nada mais que alimentar órfãos aparece e faz o evangelista parecer um hipócrita de coração frio. Deus nos colocou em nossas próprias posições, e não devemos definir o corpo como um todo por nenhuma função pela qual estamos obcecados: “Se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo? Assim, há muitos membros, mas um só corpo”.
É aqui que a distinção entre a fé do indivíduo e o ministério público se torna essencial. Como indivíduo, posso realizar em uma pequena escala quase qualquer função no corpo de Cristo, ainda que esse não seja o meu ministério principal. Isto é, posso não ter sido chamado a liderar um projeto nacional para alimentar os famintos, mas eu seria negligente se um pedinte morresse de fome na soleira de minha porta. No entanto, só porque devo alimentar o pedinte na soleira de minha porta, isso não significa que eu deveria liderar um esforço nacional de combate à fome. Em vez disso, talvez Deus tenha me chamado para combater essa confusão ridícula sobre fé pessoal e fé coletiva. Em outras palavras, cada pessoa deveria ser uma crente completa, mas nenhuma pessoa precisa ser uma igreja inteira.
Você pode não pensar em seu dedo mindinho a todo o momento, mas se alguma vez você já o torceu, subitamente percebeu que depende dele o tempo todo. Agora ele dói quando você se levanta, quando se vira, quando caminha. O que acontece se um papel fino corta o seu dedo? Ele dói quando você faz quase qualquer coisa ― dói quando você escreve, quando você dirige, quando você cozinha, quando você lança uma bola ― de modo que “quando um membro sofre, todos os outros sofrem com ele” (v. 26). Da mesma forma, a pessoa que lida com processos burocráticos na igreja, ou talvez faz a contabilidade, recebe pouca atenção; mas imagine o caos se ela for subitamente removida, ou se ela é incompetente ou desonesta.
Para enfatizar uma vez mais o ponto anterior, se você prega na igreja e alguém outro limpa o chão, isso não significa que essa pessoa também limpa o seu chão quando você vai para casa. E se você limpa o seu próprio chão em casa, isso não significa que você deve limpá-lo na igreja, a menos que esse seja o seu emprego. Novamente, Cristo é suficiente para todo crente, para que todo crente pudesse ser completo, mas cada crente não desempenha todas as funções na igreja, de forma que há uma dependência mútua na igreja. Uma teologia da igreja que em qualquer grau compromete a suficiência total de Cristo ou o potencial e a responsabilidade do indivíduo é uma doutrina falsa.
Ora, uma pessoa pode crescer em proficiência, e um dom pode crescer em poder através da oração, do estudo e do uso regular, mas a capacidade parecerá nativa para ela, e não artificial ou forçada. Uma pessoa que não pode desempenhar, digamos, deveres administrativos pode muito bem receber a capacidade após a conversão, mas isso se tornará natural para ela dali em diante. Um olho é um olho porque Deus o fez um olho. Assim também, para um olho ser um olho, basta apenas ele ser ele mesmo. Ele não tem de ser algo que ele não é nem deveria ser invejoso ou fingir ser outro membro no corpo. É assim que ele funcionará de acordo com o seu verdadeiro propósito e potencial.

Fonte: http://www.vincentcheung.com/

Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto (janeiro/2011).

sábado, 29 de setembro de 2012

EIS QUE ESTOU À PORTA E BATO


Apocalipse 3:20

“Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo”. (Apocalipse 3:20)


Daqui é concluído, [1] que Cristo está de pé e bate nos corações dos pecadores não regenerados pelo ministério da palavra, e que eles têm suficiente graça e força para abrir os seus corações para Ele, pois de outra maneira Ele bateria em vão; porque que homem sábio ficará de pé na porta de outro e baterá, se ele sabe que não há ninguém lá dentro que possa abrir para ele? E visto que se requer dos homens, na conversão, que abram seus corações para Cristo, conseqüentemente, a obra não é realizada por um poder irresistível, ou sem o consentimento e cooperação da vontade do homem. Mas,

1. Deve ser provado que o ministério da palavra é alguma vez denotado pelo bater nos corações dos pecadores não regenerados, ou que Deus, ou Cristo, são ditos alguma vez bater nos corações dos homens pelo ministério da palavra. Os homens podem golpear o ouvido, somente deus pode alcançar e golpear o coração, o que é feito quando o Evangelho vem não em palavra somente, mas em poder, e no Espírito Santo, e quando Deus faz isto, Ele faz não batendo e golpeando, e então esperando até que a abertura é feita de dentro; mas Ele golpeia o lar, e ao mesmo tempo abre a porta do coração, como Ele fez com Lídia, por Sua poderosa e eficaz graça. Deve ser também provado que Deus, na conversão, ordene e requeira que os homens abram seus corações para Ele; nenhuma dessas coisas podem ser provadas seja a partir deste texto ou de qualquer outro de toda a Bíblia; não está no poder do homem não regenerado, sendo morto em delitos e pecados, nem em sua vontade, inclinações, desejos e afeições, suas mentes carnais estando em inimizade contra Deus e Cristo, o abrir o seu coração e deixá-lo assim. E supondo que aquelas palavras representam Cristo estando de pé e batendo na porta dos corações dos homens, pelo ministério externo da palavra, não tem Ele a chave da casa de Davi, com a qual Ele abre e nenhum homem fecha? E Ele faz isto pelo poder de Sua graça, sem oferecer qualquer violência para as vontades dos homens, visto que seu povo é feito um povo disposto no dia de Seu poder. Por conseguinte seu bater não é em vão, visto que aos seus eleitos não somente a graça suficiente mas a graça eficaz é dada, pela qual a porta dos seus corações é aberta para Ele, e outros são deixados inescusáveis, que estão prontos para fazer subterfúgios tais como estes:; tivesse Ele batido, eu teria aberto; tivesse eu ouvido, teria crido; tivesse eu sabido, teria feito isto e não outra coisa. Mas,

2. Estas palavras não foram pronunciadas para pecadores não regenerados, nem fazem elas qualquer referência para o abrir dos corações dos homens na conversão, mas são dirigidas ao anjo da igreja de Laodicéia, e para os membros daquela igreja, pessoas que professavam o nome de Cristo; os quais, embora não fosse quentes, não eram todavia frios, e para os quais Cristo tinha uma admiração, embora eles estivem neste estado de mornidão; e, portanto, toma todo método apropriado para trazê-los de volta; que era muito parecida com a igreja em Cantares de Salomão 5:2, Eu dormia, mas o meu coração velava. Eis a voz do meu amado! Está batendo: Abre-me, minha irmã, amada minha, pomba minha, minha imaculada - um paralelo para este texto, e que é, além do mais, o único no qual é dito Cristo bater, e requerer de alguém que abra para Ele. Agora, seu estar na porta pode significar sua proximidade para julgar, veja Tiago 5:8,9; (esta igreja de Laodicéia, sendo a última das igrejas, representa o estado da igreja nos últimos tempos, que trará e concluirá com o julgamento geral;) ou senão o propósito é mencionar a Sua presença nesta igreja, o que mostra Seu continuado amor, cuidado, condescendência, e paciência para com ela. Seu bater na porta não é pelo ministério da palavra, mas por algumas dolorosas dispensações de providência, talvez perseguição. Esta igreja estava em uma forma sonolenta, morna, indiferente e segura de espírito, como aparece a partir dos versos 15-18. Cristo não permitirá que ela continue assim, e, portanto, toma Sua vara em Suas mãos, permanece em sua porta, e dá algumas severas batidas e golpeadas para trazê-la para Si mesmo, e para fora deste estado e condição de indolência, indiferença e autoconfiança no qual ela estava; cujo sentido é confirmado pelo verso precedente, Eu repreendo e castigo a todos quantos amo: sê pois zeloso, e arrepende-te. A promessa que Ele faz para os tais que ouvem a Sua voz, isto é, os sábios, que escutam a vara, e Quem a ordenou, quando a voz do Senhor clama à cidade (Miquéias 6:9), ou à igreja, e abra para Ele, isto é, pelo exercício de uma vida de fé e amor, e que é devido ao Seu ato de meter a Sua mão pela fresta da porta (Cantares 5:4), é, que Ele entrará, para eles, e comerá com eles, e eles com Ele, o que pode, em geral, designar comunhão e intimidade em Sua casa e ordenanças, ou em particular, as bodas do Cordeiro, para a qual aqueles que foram chamados são declarados benditos.

Apocalipse 3.14-22 é uma carta endereçada a igreja cristã de Laodicéia. Uma exortação aos cristãos e não um apelo evangelístico. Com esta afirmação não quero dizer que a utilização do versículo para fins evangélisticos seja ilegítima, apenas quero afirmar que o sentido primário do texto não é este. É preciso estar atento a tal fato, pois muitas heresias surgem de interpretações que tiram o texto de seu contexto original.

O apelo de Ap 3.20 (“eis que estou à porta e bato (...)”) é o desafio para a renovação espiritual dos cristãos de Laodicéia. O fervor inicial foi perdido, a igreja outrora quente, agora está morna. Melhor que eles fossem frios, pois ficaria claro que eles não eram cristãos, mas a situação em que viviam produzia um escândalo para a fé cristã. Eles se diziam discípulos de Jesus, mas sua vida indicava outra coisa. A fé cristã para eles se tornou numa mera rotina, tudo agora era mecânico. Não é este um perigo para a nossa fé hoje em dia também? Nos acostumamos com a fé cristã, Jesus e igreja, e nos tornamos em cristãos mornos. Nada pior, a palavra de Jesus é dura para os mornos: vou vomitá-los de minha boca.

Outro problema causou a estagnação espiritual de Laodicéia, a auto-suficiência. Somos ricos e não precisamos de nada mais. Uma condição básica para o discípulo de Jesus é a dependência de Jesus, sem ele nada podemos fazer, o real sentido da humildade cristã. Quando achamos que podemos seguir sozinhos, a derrota se inicia. Por mais que avancemos em nossa fé, por mais maduros que sejamos, nunca podemos prescindir da ação do Espírito Santos em nossas vidas.

Diante da lamentável situação dos cristãos de Laodicéia, Jesus os exorta: “Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê pois zeloso, e arrepende-te.” Jesus não os abandonou, o seu amor era o mesmo por aqueles cristãos. O castigo era uma expressão deste amor, o apelo era para que eles se arrependessem! Era necessária uma mudança radical de atitude, uma renovação espiritual como diríamos hoje.

O amor de Jesus também fica claro com a imagem de que ele estava do lado de fora da igreja, mas batia a porta de forma insistente. Os cristãos de Laodicéia podem ter colocado Jesus para fora de suas vidas, mas Jesus não os deixou a vagar sozinhos. Ele continuava a expressar o seu amor incondicional e gracioso para os cristãos de Laodicéia. Nada mais consolador. Nossos erros e pecados podem colocar Jesus para fora de nossas vidas, mas Ele sempre estará do nosso lado, batendo a porto do nosso coração.

Diante do apelo amoroso de Jesus (“eis que estou à porta e bato”), a resposta esperada era atenção a sua palavra e obediência. “Se alguém ouvir minha voz e abrir a porta”. Em toda situação de debilidade espiritual, uma saída indispensável é ouvir a palavra de Jesus, ouvir a Palavra de Deus. Em todos os grandes avivamentos espirituais, da Reforma Protestante ao aviamento americano do Século XIX, todos foram motivados pela leitura da Palavra de Deus. Não basta, porém, ouvir a voz de Deus, a obediência é atitude que se segue de imediato. Ouvir e obedecer, duas atitudes inseparáveis na vida do cristão.

 

 

Josias Sillva

Javé Nissi.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012


O que é a teologia da glória?
Escrito por: R. C. Sproul Jr.
Existe uma tensão apropriada na relação entre os cristãos e o mundo. Servimos a um Senhor que veio para trazer vida abundante (João 10.10), que venceu o mundo (João 16.33), que está sujeitando todas as coisas aos seus pés (Efésios 1.22), que verá todo joelho se dobrar e toda língua confessar que Ele é Senhor, para a glória do Pai (Filipenses 2.10). Jesus é o segundo Adão que teve sucesso onde o primeiro Adão fracassou, não somente por obedecer à lei de Deus perfeitamente, não somente por expiar nossa falha em guardar a lei, mas por cumprir o mandato de domínio. A igreja, que é a segunda Eva, ou noiva do segundo Adão, é uma ajudadora idônea de Jesus para cumprir esse chamado. Estamos em união com ele, ossos de seus ossos. Devemos estar engajados em insistir sobre os direitos régios do Rei Jesus.
O problema é que nós, como os discípulos antes de nós, frequentemente somos mais zelosos pelo nosso próprio sucesso, pela nossa própria glória do que o somos pelo reino. Eles queriam saber quem seria o primeiro no reino. Muitas vezes fazemos o mesmo. A noção de “a teologia da glória” é um meio de nos advertir contra essa tentação. Fundamentada no pensamento luterano, somos lembramos que as armas da nossa guerra não são carnais (2 Coríntios 2.10), que o primeiro será o último e o último será o primeiro (Mateus 20.16). Somos chamados a morrer pelos nossos inimigos, e não a matá-los; a dar livremente em vez de tomar; a oferecer a outra face; e até mesmo a viver em paz e quietude com todos os homens, tanto quanto possível. Isso os luteranos chamam sabiamente de “a teologia da cruz”. Devemos viver vidas de sacrifício.
Um retrato desequilibrado do lado da glória é encontrado no evangelho da prosperidade. Essa heresia ensina que é a vontade de Deus que todos nós desfrutemos de grande saúde e riqueza, que como filhos do Rei todos devemos viver como príncipes. Um retrato desequilibrado do lado da cruz é encontrado na heresia ascética – não coma, não beba, não toque. Aqui as bênçãos de Deus são malvistas, vistas como sinal de mundanismo e não como dons das mãos de Deus. Aqui a pobreza é vista como uma virtude em si mesma. O pior de tudo é que essa perspectiva pode se degenerar numa negação do reinado de Cristo sobre todas as coisas.
Nosso chamado não é buscar nosso próprio conforto, muito menos nossa glória. Antes, somos chamados a tornar conhecida a glória do nosso Rei. Devemos tornar visível o reino invisível de Deus. Contudo, fazemos isso através de meios ordinários. À medida que trabalhamos fielmente, em vez de subir a escada financeira, à medida que trocamos fraldas, em vez de contar o nosso ouro, à medida que Ele é exaltado e nós humilhados, não estamos evitando a glória da cruz, mas sim abraçando a glória da cruz. Vivemos morrendo. Vencemos perdendo. Conquistamos recuando. Nos orgulhamos de nossa fraqueza.
Jesus reina. Mas quanto a nós, seus súditos, não são muitos os sábios, nem muitos os poderosos, nem muitos os nobres. Portanto, aquele que se gloria glorie-se no Senhor. Quando mais manifestamos a Cristo e ele crucificado, mais manifestamos o seu reinado soberano.

Fonte: Highlands Ministries;
Fonte: monergismo.com
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto – junho/2012

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

ENCONTRO COM CRISTO


Em Mateus 11.28 Jesus faz o convite... “Vinde a mim”. Esse convite é dirigido a todos indistintamente. Esse convite é aberto a todos os que estão cansados e sobrecarregados com o peso do pecado ou o peso do legalismo. Esse convite não é discutir sobre Cristo, mas para um encontro com Cristo. Não é religião. Não é moralidade. Não é rito religioso. Não é caridade. Não é misticismo. Não é legalismo. Não é fuga da realidade. É um encontro com aquele que é a vida, a paz, a alegria, a salvação. Vir a Cristo significa confiar nele. Entregar-se a ele. Quando vamos a Jesus encontramos descanso para a nossa alma. Jesus oferece não apenas descanso espiritual, mas descanso físico, mental e emocional... “Deixo-vos a paz e a minha vos deu” João 14.27.

Hernandes Dias Lopes

Postado por: Juliana Nascimento

quinta-feira, 7 de junho de 2012

O Senhor é o meu pastor; nada me faltará.. (salmos 23)

O salmista expressa nesse capítulo que o Senhor,Deus de bondade e misericórdia, é sua fonte de dependência e onipresente em todos os momentos de sua vida; dos momentos tranquilos à momentos tuburlosos, o Senhor é com ele.
 Deus é o único responsável por tudo que o rei Davi tinha; e com a certeza que o amor de Deus o seguia por todo seu caminho.
 O mesmo Deus que era com Davi é conosco hoje. nunca nos desampara, sempre está ao nosso lado nos ajudando e ensinando a caminhar.
 Por seu amor, nada nos falta, tudo nos supre; e temos a cada dia o que necessitamos do nosso Deus, por amor do seu nome. e temos a certeza que :
  "Bondade e misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na casa do Senhor para todo o sempre" (vs.6)




Wellton Guilherme
Fonte; Biblia Sagrada - leitura diária

domingo, 6 de maio de 2012

Os Cinco Solas da Reforma

Os Cinco Solas da Reforma
Sola Scriptura, Sola Christus, Sola Gratia, Sola Fide, Soli Deo Gloria

Por

Declaração de Cambridge

SOLA SCRIPTURA: A Erosão da Autoridade

Só a Escritura é a regra inerrante da vida da igreja, mas a igreja evangélica atual fez separação entre a Escritura e sua função oficial. Na prática, a igreja é guiada, por vezes demais, pela cultura. Técnicas terapêuticas, estratégias de marketing, e o ritmo do mundo de entretenimento muitas vezes tem mais voz naquilo que a igreja quer, em como funciona, e no que oferece, do que a Palavra de Deus. Os pastores negligenciam a supervisão do culto, que lhes compete, inclusive o conteúdo doutrinário da música. À medida que a autoridade bíblica foi abandonada na prática, que suas verdades se enfraqueceram na consciência cristã, e que suas doutrinas perderam sua proeminência, a igreja foi cada vez mais esvaziada de sua integridade, autoridade moral e discernimento.

Em lugar de adaptar a fé cristã para satisfazer as necessidades sentidas dos consumidores, devemos proclamar a Lei como medida única da justiça verdadeira, e o evangelho como a única proclamação da verdade salvadora. A verdade bíblica é indispensável para a compreensão, o desvelo e a disciplina da igreja.

A Escritura deve nos levar além de nossas necessidades percebidas para nossas necessidades reais, e libertar-nos do hábito de nos enxergar por meio das imagens sedutoras, clichês, promessas e prioridades da cultura massificada. É só à luz da verdade de Deus que nós nos entendemos corretamente e abrimos os olhos para a provisão de Deus para a nossa sociedade. A Bíblia, portanto, precisa ser ensinada e pregada na igreja. Os sermões precisam ser exposições da Bíblia e de seus ensino, não a expressão de opinião ou de idéias da época. Não devemos aceitar menos do que aquilo que Deus nos tem dado.

A obra do Espírito Santo na experiência pessoal não pode ser desvinculada da Escritura. O Espírito não fala em formas que independem da Escritura. À parte da Escritura nunca teríamos conhecido a graça de Deus em Cristo. A Palavra bíblica, e não a experiência espiritual, é o teste da verdade.

Tese 1: Sola Scriptura

Reafirmamos a Escritura inerrante como fonte única de revelação divina escrita, única para constranger a consciência. A Bíblia sozinha ensina tudo o que é necessário para nossa salvação do pecado, e é o padrão pelo qual todo comportamento cristão deve ser avaliado.

Negamos que qualquer credo, concílio ou indivíduo possa constranger a consciência de um crente, que o Espírito Santo fale independentemente de, ou contrariando, o que está exposto na Bíblia, ou que a experiência pessoal possa ser veículo de revelação.


SOLO CHRISTUS: A Erosão da Fé Centrada em Cristo

À medida que a fé evangélica se secularizou, seus interesses se confundiram com os da cultura. O resultado é uma perda de valores absolutos, um individualismo permissivo, a substituição da santidade pela integridade, do arrependimento pela recuperação, da verdade pela intuição, da fé pelo sentimento, da providência pelo acaso e da esperança duradoura pela gratificação imediata. Cristo e sua cruz se deslocaram do centro de nossa visão.

Tese 2: Solus Christus

Reafirmamos que nossa salvação é realizada unicamente pela obra mediatória do Cristo histórico. Sua vida sem pecado e sua expiação por si só são suficientes para nossa justificação e reconciliação com o Pai.

Negamos que o evangelho esteja sendo pregado se a obra substitutiva de Cristo não estiver sendo declarada e a fé em Cristo e sua obra não estiver sendo invocada.

SOLA GRATIA: A Erosão do Evangelho

A Confiança desmerecida na capacidade humana é um produto da natureza humana decaída. Esta falsa confiança enche hoje o mundo evangélico – desde o evangelho da auto-estima até o evangelho da saúde e da prosperidade, desde aqueles que já transformaram o evangelho num produto vendável e os pecadores em consumidores e aqueles que tratam a fé cristã como verdadeira simplesmente porque funciona. Isso faz calar a doutrina da justificação, a despeito dos compromissos oficiais de nossas igrejas.

A graça de Deus em Cristo não só é necessária como é a única causa eficaz da salvação. Confessamos que os seres humanos nascem espiritualmente mortos e nem mesmo são capazes de cooperar com a graça regeneradora.

Tese 3: Sola Gratia

Reafirmamos que na salvação somos resgatados da ira de Deus unicamente pela sua graça. A obra sobrenatural do Espírito Santo é que nos leva a Cristo, soltando-nos de nossa servidão ao pecado e erguendo-nos da morte espiritual à vida espiritual.

Negamos que a salvação seja em qualquer sentido obra humana. Os métodos, técnicas ou estratégias humanas por si só não podem realizar essa transformação. A fé não é produzida pela nossa natureza não-regenerada.


SOLA FIDE: A Erosão do Artigo Primordial

A justificação é somente pela graça, somente por intermédio da fé, somente por causa de Cristo. Este é o artigo pelo qual a igreja se sustenta ou cai. É um artigo muitas vezes ignorado, distorcido, ou por vezes até negado por líderes, estudiosos e pastores que professam ser evangélicos. Embora a natureza humana decaída sempre tenha recuado de professar sua necessidade da justiça imputada de Cristo, a modernidade alimenta as chamas desse descontentamento com o Evangelho bíblico. Já permitimos que esse descontentamento dite a natureza de nosso ministério e o conteúdo de nossa pregação.

Muitas pessoas ligadas ao movimento do crescimento da igreja acreditam que um entendimento sociológico daqueles que vêm assistir aos cultos é tão importante para o êxito do evangelho como o é a verdade bíblica proclamada. Como resultado, as convicções teológicas freqüentemente desaparecem, divorciadas do trabalho do ministério. A orientação publicitária de marketing em muitas igrejas leva isso mais adiante, apegando a distinção entre a Palavra bíblica e o mundo, roubando da cruz de Cristo a sua ofensa e reduzindo a fé cristã aos princípios e métodos que oferecem sucesso às empresas seculares.

Embora possam crer na teologia da cruz, esses movimentos a verdade estão esvaziando-a de seu conteúdo. Não existe evangelho a não ser o da substituição de Cristo em nosso lugar, pela qual Deus lhe imputou o nosso pecado e nos imputou a sua justiça. Por ele Ter levado sobre si a punição de nossa culpa, nós agora andamos na sua graça como aqueles que são para sempre perdoados, aceitos e adotados como filhos de Deus. Não há base para nossa aceitação diante de Deus a não ser na obra salvífica de Cristo; a base não é nosso patriotismo, devoção à igreja, ou probidade moral. O evangelho declara o que Deus fez por nós em Cristo. Não é sobre o que nós podemos fazer para alcançar Deus.

Tese 4: Sola Fide

Reafirmamos que a justificação é somente pela graça somente por intermédio da fé somente por causa de Cristo. Na justificação a retidão de Cristo nos é imputada como o único meio possível de satisfazer a perfeita justiça de Deus.

Negamos que a justificação se baseie em qualquer mérito que em nós possa ser achado, ou com base numa infusão da justiça de Cristo em nós; ou que uma instituição que reivindique ser igreja mas negue ou condene sola fide possa ser reconhecida como igreja legítima.

SOLI DEO GLORIA: A Erosão do Culto Centrado em Deus

Onde quer que, na igreja, se tenha perdido a autoridade da Bíblia, onde Cristo tenha sido colocado de lado, o evangelho tenha sido distorcido ou a fé pervertida, sempre foi por uma mesma razão. Nossos interesses substituíram os de Deus e nós estamos fazendo o trabalho dele a nosso modo. A perda da centralidade de Deus na vida da igreja de hoje é comum e lamentável. É essa perda que nos permite transformar o culto em entretenimento, a pregação do evangelho em marketing, o crer em técnica, o ser bom em sentir-nos bem e a fidelidade em ser bem-sucedido. Como resultado, Deus, Cristo e a Bíblia vêm significando muito pouco para nós e têm um peso irrelevante sobre nós.

Deus não existe para satisfazer as ambições humanas, os desejos, os apetites de consumo, ou nossos interesses espirituais particulares. Precisamos nos focalizar em Deus em nossa adoração, e não em satisfazer nossas próprias necessidades. Deus é soberano no culto, não nós. Nossa preocupação precisa estar no reino de Deus, não em nossos próprios impérios, popularidade ou êxito.

Tese 5: Soli Deo Gloria

Reafirmamos que, como a salvação é de Deus e realizada por Deus, ela é para a glória de Deus e devemos glorificá-lo sempre. Devemos viver nossa vida inteira perante a face de Deus, sob a autoridade de Deus, e para sua glória somente.

Negamos que possamos apropriadamente glorificar a Deus se nosso culto for confundido com entretenimento, se negligenciarmos ou a Lei ou o Evangelho em nossa pregação, ou se permitirmos que o afeiçoamento próprio, a auto-estima e a auto-realização se tornem opções alternativas ao evangelho.



Fonte: Declaração de Cambridge