RESUMO
Este é um arquivo que visa tratar sobre um importante assunto que deve ser levado, ou pelo menos deveria, em consideração pela igreja cristã. A prática da igreja cristã é um tema onde nos leva a refletirmos sobre o que temos feito como servos de Cristo, como igreja, como imitadores do Mestre Jesus. Então, pensando nisso, resolvemos tratar deste assunto onde visa nos alertar sobre a nossa missão como igreja do Senhor.
Palavra Chave:
Prática cristã; Testemunhar; Ordem dada por Cristo; Missão da igreja; Ser cristão.
INTRODUÇÃO
Sabemos que a nossa vida como verdadeiros cristãos transformados pelo grande amor com que nos amou, deve visar em tudo a Glória do Majestoso Deus. Porém, será que nós temos cumprindo o nosso papal como cristão? Será que as atitudes tomadas hoje referentes à prática cristã têm agradado a Deus? Qual a verdadeira missão da igreja de Cristo?
Analisando por este lado, iremos apresentar um assunto que trata sobre “A Prática Cristã”, onde abordaremos sobre qual a verdadeira missão da igreja, e se a temos cumprido conforme nos ordenou o Senhor Jesus Cristo. Analisaremos este assunto sob dois moldes: 1) Chamados para testemunhar. 2) A Prática das boas obras.
CONTEÚDO HISTÓRICO
Sabemos que a igreja ela é uma instituição que foi muito bem organizada no passado. Todos os protestantes lutaram contra o erro, lutaram também para ter o seu espaço. Não foi diferente com a sua organização. “No ano de 1928, o conselho Missionário Internacional, reunido em Jerusalém, esteve debatendo o motivo das missões e discutindo o mérito de se formar uma síntese entre o cristianismo e outras religiões para formar uma fé mundial” (A igreja; Série Teologia cristã, pag. 145). Então, nos anos 60, se desenvolveu a teologia da “Igreja serva”, onde se diz que a igreja não tem uma missão, ela é missão, ou seja, ela existe somente em missão. Mas, será que nos temos mesmo essa noção de missão? Porque então que a igreja não tem testemunhado sobre o Cristo Ressurreto, ou também, porque não temos nos preocupado com aqueles que estão sofrendo debaixo dos nossos narizes, e que muitas vezes fingimos que não estamos vendo? Analisemos dois pontos principais que a igreja deve se envolver como verdadeiras imitadoras de seu mestre, Cristo Jesus:
CHAMADOS PARA TESTEMUNHAR
Sabemos muito bem sobre o texto que fala sobre o que Jesus nos ordenou antes de subir aos céus, relatado no livro de Mateus: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo; ensinado-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação dos séculos” (MT 28:19-20). Aqui Jesus ordena os seus discípulos a fazer discípulos. Está é uma frase que está no imperativo, onde expressa uma ordem que eles deveriam ir e fazer discípulos. Então, se percebe que a igreja tem como função “a evangelização e a edificação” (Igreja: Forma e essência. 1984 pag. 55). Somos responsáveis por dar continuidade a obra de cristo, na evangelização das boas obras, e também na edificação da igreja, dando apoio e suporte aos novos convertidos e aos fracos na fé, fazendo assim com que o corpo de Cristo cresça para a Glória de Deus Pai. “A igreja não é apenas uma organização apenas, ela é um corpo. Cada grupo local de fiéis é constituído de membros que devem estar em ação e fazer parte do todo. A igreja deve ser um organismo dinâmico “[1]. Precisamos andar juntos, cientes do nosso dever, de nossa missão. Cada membro tem as sua função, assim como diz o texto:
“Se todos, porém, fossem um só membro, onde estaria o corpo? O certo é que há muitos membros, mas um só corpo. Não podem os olhos dizer a mão: não precisamos de ti; nem ainda a cabeça, aos pés: não preciso de vós.” (1 CO 19-21). Paulo aqui fala da unidade orgânica da igreja, então, nota-se que precisamos unir as nossas forças para testemunhar sobre o nosso Cristo, fazendo assim nossa missão, fazendo assim o papel da verdadeira igreja de Cristo.
Há anos a igreja evangélica vem negligenciando a importância do corpo vivo e do cristianismo relacional. “Passamos a depender do pregador e do pastor para a obra do ministério” (A igreja: Forma e essência. 1984 pag. 147). Somos responsáveis pela ordem e organização da igreja, e principalmente pela edificação do corpo de cristo. Quando cada membro trabalha desenvolvendo sua função, a tendência e de termos uma igreja firme e edificada em amor.
A PRÁTICA DAS BOAS OBRAS
Eis aqui mais um grande problema que enfrentamos nas igrejas de Cristo, a práticas das boas obras. Quem não já passou por um mendigo em umas dessas cidades de grande movimento, e ao passarmos próximo a ele, fingir que nada vemos ou ainda achar que aquela situação é uma é uma coisa normal. Será que se Cristo vivesse hoje em nossos dias, ele teria a mesma reação ou a mesma atitude que nós? Se pregarmos tanto o amor, porque então não olharmos para estes com um olhar de misericórdia, compaixão assim como Jesus olhava para aqueles que não o conheciam? O que temos feito?
É através de nossa vida, atitude, que vamos mostrar quem realmente somos. Todas as nossas palavras só terão sentido se a colocarmos em prática. Todo verdadeiro cristão é aquele que crê, mas também é aquele que procura expressar com gestos e atos que realmente é um seguidor fiel do Grande Messias.
“Tendo como exemplo o senhor Jesus Cristo e como orientador o espírito santo, o cristão pode ser imitador de Deus como filho amado e andar em amor, como Cristo viveu” (Ser cristão é viver a vida cristã, Sê cristão hoje, IPU 1990, Pag. 5). Percebemos que ser cristão é verdadeiramente viver uma vida de práticas cristãs.
O apóstolo Pedro diz:
“... o qual andou por toda a parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele”(atos 10:38), daí, vemos que o Próprio senhor Jesus, que era Deus, tomou uma posição de servo para servir. Onde havia alguém precisando de ajuda, Ele estava ali para consolar, cuidar, curar, abençoar etc. Jesus de fato nos ensinou a fazermos esse tipo de prática de boas obras, mas muitas vezes negligenciamos essa missão dada pelo senhor.
“o testemunho deve ser transmitido e comunicado, não principalmente pelas palavras, mas pelas atitudes que tomamos diante do mundo e da vida” (É comunitário, Sê cristão hoje, IPU 1990 Pag. 7).
Precisamos aprender a amar o nosso próximo, a amar e ter compaixão de pessoas que carecem desse amor. Precisamos assim o fazer para que todos nos reconheçam como verdadeira igreja de Cristo, como seus discípulos.[2] O Homem, criatura formada de corpo e alma, foi criado por Deus para servi-lo na terra e alcançar, com Ele, a felicidade no céu. Dotado de consciência e livre arbítrio, o homem é responsável por sua conduta, cujas normas são preestabelecidas pelos princípios eternos da lei moral.[3]
Ainda falando das boas obras, a confissão diz:
“A capacidade de realizar boas obras de modo algum emana dos crentes, mas inteiramente do espírito de Cristo. E para que possam ser capacitados para isso, além das graças que já receberam, é indispensável que haja uma real influência do espírito santo a operar neles tanto o querer quanto o realizar, segundo o seu beneplácito; contudo, não devem, por isso, tornar-se negligentes como se não tivessem a obrigação de realizar qualquer dever senão pelo impulso especial do espírito; ao contrário disso, devem ser diligentes em dinamizar a graça de Deus que está neles”.
(Seção III, DAS BOAS OBRAS. Confissão de fé de Westminster (comentário), os puritanos 2007, 208 pag. 302-303)
É evidente que a operação quanto ao querer é de fato vinda do Espírito Santo
(FL 2:13), porém, isso não deve ser um pretexto para que não cumpramos a obra deixada por Cristo Jesus. Devemos cumprir a nossa missão como verdadeiros filhos obedientes do Pai, onde ele nos ensina a fazermos tal prática.
CONCLUSÃO
De fato percebemos que a missão da igreja é muito importante, e que precisamos urgentemente nos envolver como igreja nesta questão de prática cristã, visando a Glória exclusiva de Deus. Nós não fomos chamados para sermos cristãos de bancos de igreja, mas para sermos praticantes. Precisamos testemunhar sobre a verdade que liberta, e também, precisamos voltar os nossos olhares para a prática das boas obras, para que o nosso Deus e Pai seja Glorificado e verdadeiramente venhamos ser reconhecidos como aquele que realmente segue a Cristo.
Seminarista: Willams Guilherme
Seminarista: Willams Guilherme
REFERÊNCIA
Getz, Genne A. Igreja: Formas e Essência. Vida nova, São Paulo, 1994.
Araujo, João dias de. Sê Cristão Hoje. Igreja Presbiteriana do Brasil, São Paulo 1990.
Clowney, Edmund. A igreja. Série Teologia Cristã, Cultura Cristã, São Paulo 2007.
Redden, John D; Ryan, Francis A. Filosofia da Educação. Agir editora. Rio de Janeiro 1956.
Hodge, A.A. Confissão de Fé de Westminster:Comentário. Os puritanos, 2007,2008
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