segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Conferencias de Missões

Este final de semana passado aconteceu em nossa congregação, conferencias de missões, foi um final de semana abençoado por Deus, pois Ele na sua Eterna Grandeza, falou aos nossos corações e nos mostrou a nossa falta de responsabilidade para com os perdidos, sem Deus e sem salvação. E nos mostrou o que precisamos fazer em prol dos necessitados e oprimidos, são encontros como esse que nos ajudam a lembrar da ordem dada por Deus para cada um de nós, que professamos Cristo como o nosso Salvador.
Missões urbanas um tema apropriado para os nossos dias, pois nesse corre-corre esquecemo-nos do nosso compromisso. No sábado tivemos o Presbítero Fabio, nos trazendo uma maravilhosa reflexão, logo abaixo você pode também compartilhar do que Deus falou para nós naquela noite de sábado. 27/08/2011

Que Deus nos ajude a cumprirmos a nossa missão.
Josias Sillva
Javé Nissi.

CONFERÊNCIA DE MISSÕES URBANAS – IPB UR 02 – 257/08/2011.
TEXTO BÁSICO: Atos 17:16-34

INTRODUÇÃO:
·                    Geralmente quando pensamos em missões somos levados, imediatamente, a pensar lugares longínquos. Pensamos na África, pensamos no oriente médio, na chamada janela 10 X 40. Pensamos em tribos indígenas que vivem no Xingu ou mesmo na Amazônia.

·                    Nunca, porém, ou quase nunca, conseguimos alcançar a idéia de que a minha rua é um campo missionário; a minha escola é um campo missionário; o meu trabalho é um campo missionário.

·                    Em última análise, todos os salvos em Cristo são missionários. Só há um momento em que todo crente em Cristo deixa de ser missionário: quando não tem nenhum descrente por perto.

·                    Mas é igualmente verdade que cada campo missionário possui características diferentes, dificuldades e problemas diferentes. Por isso mesmo precisam de abordagens e enfoques específicos às suas realidades.

·                    A abordagem de um missionário que vive entre os índios não pode ser a mesma de um missionário que vive numa cultura oriental, de origem mulçumana.  A mensagem, sim, é a mesma. A abordagem e o modelo de trabalho não. Precisam ser diferentes.

·                    O fato é que não existe lugar nesse mundo que não precise nem possa ser evangelizado com a mesma mensagem impactante da palavra de Deus. E isso inclui os grandes centros urbanos. Minha rua, sua rua, minha escola, sua escola, meu trabalho seu trabalho.

·                    Veja o que Diz a bíblia em Atos 1:8: “mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra”.

·                    Notem: o que a bíblia está dizendo é que precisamos ser missionários de Deus nos lugares longes – até os confins da terra -, mas também pertinho – em Jerusalém.

·                    Grande parte do ministério de Jesus foi realizado nas cidades, nos grandes centros urbanos. Leia Lucas 8:1 “Aconteceu, depois disto, que andava Jesus de cidade em cidade e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus, e os doze iam com ele”.

·                    Em sua missão urbana, Jesus se deparou com problemas que somente os grandes centros urbanos possuem. Problemas como pobreza, alta densidade demográfica (principal causa das favelas), problemas de saúde, problemas de habitação, problemas de educação, problemas de segurança pública.
·                    São esses mesmos desafios que todos nós enfrentaremos e enfrentamos no nosso campo missionário, nos grandes centros urbanos como o que moramos.  


ELUCIDAÇÃO:
·                    O texto que lemos, inicialmente, nos trás algumas verdades importantes de como proceder num campo missionário urbano. Verdades de como ser e como fazer missões urbanas.
·                    O apóstolo Paulo se encontra, Simplesmente, na mais importante cidade da Grécia – Atenas. É nessa cidade onde fica o Parteon[1]. Aquele famoso edifício com a aquelas colunas imponentes que vemos nos filmes que mostram a Grécia, onde ficavam também muitas estátuas de deuses e deusas.
·                    Em fim, Atenas era um grande centro urbano, com todas as características e problemas que estão presentes em todos os outros grandes centros urbanos.
·                    Paulo, então, podemos dizer, estava, aqui, fazendo MISSÕES URBANAS, sendo um “missionário urbano”.
·                    Paulo entendia que a abordagem que precisava fazer nesse centro urbano, nessa cidade precisava ser uma abordagem adaptada para aquela realidade.
·                    É sobre isso que quero refletir com vocês. Sobre:

TEMA: Os desafios da missão urbana.

1)   O primeiro desafio é você falar de pecado sem ofender as pessoas. Pregar o evangelho sem se colocar em uma posição de superioridade em relação às pessoas.

·                    Uma vez estava no ônibus um irmão pregando da seguinte forma: “essas mulheres que usam batom? Vão todas para o inferno. Essas menininhas de calça comprida, Deus não quer nem saber”.

·                    As pessoas que vivem na roça, no interior, talvez ainda engulam esse tipo de coisa. Mas as pessoas que vivem nos grandes centros urbanos de forma alguma. Pelo contrário, criam um bloqueio e não querem mais escutar. Coisa pra fazer é o que não falta.

·                    Isso que o irmão estava denunciando não é pecado, mas na visão dele era. E por isso ele entendia que devia denunciar o pecado. E o missionário urbano, assim como qualquer outro, precisa denunciar o pecado. Contudo, PODE FAZER ISSO SEM HUMILHAR AS PESSOAS, SEM SE COLOCAR NUMA POSIÇÃO DE SUPERIORIDADE: Eu sou salvo, você não é, eu conheço a Deus], você não conhece, etc. Entende?

·                    Paulo denunciou o pecado de idolatria do povo Ateniense. Mas veja como ele fez:
V.22: Então, Paulo, levantando-se no meio do Areópago, disse: Senhores atenienses! Em tudo vos vejo acentuadamente religiosos”.

·                    É diferente não é? Se Paulo chegasse chamando-os de IDÓLATRAS certamente não iria ter a oportunidade de pregar contra a IDOLATRIA daquele povo. E ele fez isso tranquilamente, com educação, mas com toda força das escrituras. V.29: Sendo, pois, geração de Deus, não devemos pensar que a divindade é semelhante ao ouro, à prata ou à pedra, trabalhados pela arte e imaginação do homem”.


2)   O segundo desafio é o desafio de conseguir a atenção das pessoas:

·                    Se há algo que caracteriza uma grande cidade é o corre-corre das pessoas. Ninguém tem tempo pra nada. A vida é mais ou menos programada naquela rotina e ninguém tem tempo pra mudar essa rotina, pra fazer coisas que saiam do convencional. Já tentaram perguntar as horas em plena avenida conde da boa vista em horário de pico, ou na imperatriz? As pessoas correm de um lado para o outro e é UM GRANDE DESAFIO VOCÊ CONSEGUIR SUA ATENÇÃO.

·                    O apóstolo Paulo, sabendo disso, lança mão de RECURSO MUITO IMPORTANTE PARA A MISSÃO URBANA: o chamado PONTO DE CONTATO.

·                    O que vem a ser isso? É você usar algo que já faz parte do cotidiano das pessoas para introduzir a mensagem do evangelho.

·                    O Rev.Mozaniel utiliza essa tática todas as vezes em que precisava pegar ônibus. Ele sentava ao lado de alguém (e nesse momento ele se torna um missionário, pois todas as vezes que estivermos perto de alguém que não conhece a Cristo nos tornamos, obrigatoriamente, missionários) e fazia a seguinte pergunta: “ ESSE ÔNIBUS PASSA NO CÉU?”. A pessoa respondia que não e que não sabia que lugar era esse. Pronto. Estava estabelecido o ponto de contato para a PREGAÇÃO DO EVANGELHO. Ali era iniciado um momento de missões urbanas.

·                    O apóstolo Paulo fez a mesma coisa. Observem V.23: porque, passando e observando os objetos de vosso culto, encontrei também um altar no qual está inscrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Pois esse que adorais sem conhecer é precisamente aquele que eu vos anuncio”.

·                    Notem que Paulo utilizou um elemento da própria realidade do povo para estabelecer o PONTO DE CONTATO para o início da pregação do evangelho.

·                    De repente você chega na casa de alguém que cria passarinho em uma gaiola e você pode utilizar esse fato do cotidiano das grandes cidades para estabelecer o PONTO DE CONTATO, de como o homem, igualmente também está preso ao pecado e assim começa a falar do evangelho e de como Cristo liberta o homem. São muitos ganchos que você pode aproveitar.

·                    Se você começa a falar de algo que é rotina, que faz parte do cotidiano das pessoas elas lhe darão ouvidos, do contrário fica difícil porque nas grandes cidades as pessoas não têm muito tempo para ouvir novidades.


3)  O terceiro desafio tem a ver com o público alvo para o qual você vai falar.

·                    Uma característica dos grandes centros urbanos é a diversidade cultural. Tem todo tipo de gente morando na cidade. É diferente do que acontece na zona rural, por exemplo. Lá você vai perceber que os moradores possuem mais ou menos as mesmas características. Na cidade não. Tem todo tipo de gente.

·                    Por isso mesmo é extremamente importante que você conheça o básico daquele público que você vai falar do evangelho, para saber por qual assunto você vai começar.

·                    Jesus fazia muito isso também. Ao falar para agricultores usava a Parábola do Semeador, outro público, outro início de conversa, e assim vai.

·                    Paulo sabia que a cidade de Atenas era uma cidade muito envolvida com filosofia. Era um importante berço da filosofia. Veja V.18: E alguns dos filósofos epicureus e estóicos contendiam com ele”.

·                    Paulo sabia também uma das principais preocupações dos Filósofos da Grécia antiga era explicar como as coisas existem. Qual a origem do homem e do cosmo. E també como eles se achavam “seres superiores”, capazes de resolver todos os problemas pela razão. Essa era a ênfase dos Filósofos da Grécia antiga e, conseqüentemente, também do povo.

·                    Agora veja que Paulo falou exatamente sobre isso, indicando que ele conhecia o público alvo, conheci a preocupação do povo daquela cidade: V.24: O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas. V.25: Nem é servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse; pois ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais. V.26: e um só fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação;

·                    Percebem? Paulo conhecia seu público alvo e por isso teve condições de falar exatamente em cima de sua preocupação. Isso é muito importante pois, sem esse conhecimento sua mensagem pode ficar fora de foco. Trazer uma mensagem evangelística numa reunião que só tem crente. Entende?

4)  O quarto desafio é saber a hora de parar de falar.

·                    Muitos pregadores urbanos, de ônibus, praças, acabam criando rejeição pelo evangelho porque não sabem a hora de parar de falar. Ficam insistindo, incomodando, irritando até. As pessoas nos grandes centros urbanos não têm muito tempo. Pregou a mensagem da cruz, é hora de parar de falar e ir embora.

·                    Paulo percebeu exatamente a hora de parar. V.32-33: “ Quando ouviram falar de ressurreição de mortos, uns escarneceram, e outros disseram: A respeito disso te ouviremos noutra ocasião.  A essa altura, Paulo se retirou do meio deles.

CONCLUSÃO: V.34: Houve, porém, alguns homens que se agregaram a ele e creram; entre eles estava Dionísio, o areopagita, uma mulher chamada Dâmaris e, com eles, outros mais.
Que Deus nos dê também esse êxito quando estivermos desempenhando nosso papel de MISSIONÁRIOS URBANOS, quando estivermos fazendo MISSÕES URBANAS.

Presb. Fábio


[1] O Partenon ou Partenão (em grego antigo Παρθενών, transl. Parthenōn; em grego moderno Παρθενώνας, transl. Parthenónas) foi um templo da deusa grega Atena, construído no século V a.C. na acrópole de Atenas. É o mais conhecido dos edifícios remanescentes da Grécia Antiga e foi ornado com o melhor da arquitetura grega. Suas esculturas decorativas são consideradas um dos pontos altos da arte grega.


Nenhum comentário:

Postar um comentário